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O Som de Quimera


 Somos quem somos quando o medo impera,

Quando a verdade sangra em nossa mão;

Se um falso amigo a lâmina nos dera,

Acaba o destino se fechando em traição.


Em devaneios, erguendo reinos onde a alma impera,

Somos senhores do pó em reinos de ilusão...

Mas todos estes sonhos em noites tão severas,

São ilhas frágeis e mortas em sua vastidão.


Mas a verdade que se esconde ante as brumas da guerra,

Entre gritos calados e promessas em vão,

É o tempo, como um eco, que nunca se enterra,

Refletindo apenas a dor na solidão...


E é estranho ver como o mundo não se altera:

Sempre os mesmos jogos, a mesma opressão;

Uns buscam glória, outros só a espera,

E a inevitável morte na amplidão.


Aqui e agora, ainda assim, na escura oração,

Um sino sangra lento, prisioneiro de quimera,

Rogando por justiça no fim da escuridão...


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Inspirado na música "To Be Treated" de Terry Reid (1976)

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