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Ozymandias

 Encontrei um viajante vindo da estrada antiga,

Que falava de um reino afundado em desventura;

Onde a soberba erguera monumentos de altura,

Mas que o tempo desfez sem clemência ou briga.


No deserto sem voz, a ventania castiga,

E entre ruínas dorme uma antiga figura;

Um rosto duro, marcado pela força e loucura,

E no pedestal brilhava a inscrição que o instiga:


"Meu nome é Ozymandias, rei dos reis:

Contemplem as minha obra, ó poderosos e desesperem!"

E o resto é só silêncio onde a areia descansa...


Pois nada permanece ante a queda que vem;

Da glória só perdura a memória que cansa,

E o vento apaga tudo, como sempre convém.


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José Jardim
Adaptação do Soneto "Ozymandias", de Percy Bysshe Shelley, 1918.

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