Sozinho, apodreço em pensamentos
Trancado num passado que me acusa
Arrasto comigo arrependimentos lentos
E correntes frias que a alma reusa.
No quarto, ecoam velhos lamentos,
O espelho dita uma sentença obtusa
Busco em substâncias falsos sustentos,
E coragem emprestada na lâmina que me usa.
A vida escorre espessa, indiferente,
Cada erro empurra o fim adiante...
O medo cala, íntimo e presente...
E o fim se achega manso, confidente,
Senta ao meu lado e espera, tolerante
Peço perdão a Deus e aos homens:
Não se culpem
A culpa é minha
E é constante!

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