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O Linux - Parte 6: Pontos de montagem, partições e formatação

Apresentação
Apesar de já termos abordado este assunto no tópico Sistemas de arquivos e acesso a disco, temos que aprofundar este assunto, já que se trata de manipulação de dispositivos de armazenamento em massa. Ora, já que estudaremos sistemas em disco, temos que conhecer bem as partições.

Partição e formatação
Partições são divisões no disco que marcam onde começa e termina um sistema de arquivo, podendo-se utilizar mais de um sistema operacional no mesmo HD ou para multiplas divisões sejam utilizado por um mesmo sistema operacional - para backups, como é feito no Windows, frequentemente, para que não percamos informações na hora de formatar.

Formatação é simplismente dar forma. Neste caso, ele prepara uma partição com um sistema de arquivos. São muitos:

Nos sistemas Microsoft:
vfat - O Linux reconhece o FAT16, FAT32 (arquivos com nomes extensos, no Win9x) como vfat
ntfs - Sistemas de arquivos WinNT, WinME, Win2000,WinXP e posteriores
MSDOS - Para disquetes de MS-DOS com nomes curtos (máximo de 8 letras para nome e 3 para extenção)

Nos sistemas Linux:
ext2 - Sistema de arquivos sem Jounaling
ext3 - Sistemas de arquivos com suporte a Journaling
reiserfs - Sistemas com Jounaling e melhorias de armazenamento de arquivos curtos
xfs - Para HD's nos antigos PC-XT.

Para CD-ROMs
iso9660 - Sempre que for montar CD's, use esta opção.

Sobre os pontos de montagem
O acesso a disco no Linux se dá através de diretórios. Estes são usados para acessar/montar partições - daí o nome ponto de montagem.

Os dispositivos de armazenamento são identificados por um arquivo referente ao dispositivo no diretório /dev. Na prática, são identificados da seguinte forma:

/dev/hda1

Onde...

/dev - Diretório onde são armazenados os dispositivos no sistema
/hd - Identifica o tipo de dispositivo de armazenamento
a - Local do disco no dispositivo controlador
1 - Numero da partição no dispositivo

Em outras palavras, /de/hda1, significa: disco no dispositivo IDE primário master acessando a primeira partição. Em sistemas Microsoft, significa C:\

Veja uma lista de dispositivos e partições mais comuns no uso do Linux:

Referente aos dispositivos de armazenamento...
/dev/fd0 - Primeira unidade de disquete
/dev/fd1 - Segunda unidade de disquete
/dev/hda - disco rígido IDE primária master
/dev/hda1 - primeira partição do disco em IDE primária master
/dev/hdb - Disco rígido IDE primário slave
/dev/hdb1 - Primeira partição do disco em IDE primário slave
/dev/hdc - Disco rígido IDE secundário master
/dev/hdc1 - primeira partição do disco em IDE secundário master
/dev/hdd - Disco rígido IDE secundário slave
/dev/hdd1 - primeira partição de disco em IDE secundário slave
/dev/sda - Primeiro disco rígido SCSI ou SATA (também usado para PenDrive)
/dev/sda1 - Primeira partição no primeiro disco SCSI, SATA ou PenDrive
/dev/sdb - Segundo disco rígido SCSI, SATA ou PenDrive
/dev/sdb1 Primeira partição no segundo disco SCSI, SATA ou PenDrive
/dev/sr0 - Primeiro CD-ROM SCSI
/dev/sr1 - Segundo CD-ROM SCSI
/dev/xda - Primeiro HD XT
/dev/xdb - Segundo HD XT

Quando referente à portas de comunicação...

Paralela...
/dev/lp0 - Porta de impressora LTP1
/dev/lp1 - Porta de impressora LPT2
/dev/lp2 - Porta de impressora LPT3

Serial...
/dev/ttyS0 - Porta de comunicação COM1
/dev/ttyS1 - Porta de comunicação COM2
/dev/ttyS2 - Porta de comunicação COM3
/dev/ttyS3 - Porta de comunicação COM4

Montando uma partição de disco
Basicamente, para acessar um disco, monta-se uma partição. Para montá-la, usamos o comando mount da segunte forma:

mount -t [sistema de arquivo] [dispositivo] [diretório para montagem]

Onde...

sistema de arquivo: informa ao sistema operacional qual será o sistema de arquivo usado para acessar as informações do disco

dispositivo: Informa as identificações do dispositivo

ponto de montagem: diretório onde a partição será acessada. por obrigação, o diretório que se deseja montar tem que estar vazio. O diretório /mnt será utilizado para HD's e o diretório /media para dispositivos de armazenamento removíveis, como CD's, disquetes, PenDrives e etc.

Ex:

# mount -t vfat /dev/hda1 /mnt/windows

Desmontando partições
Muito importante frisar que NUNCA DEVEMOS TIRAR UM DISPOSITIVO, SEM ANTES DESMONTÁ-LO.

A desmontagem do dispositivo é feita da seguinte forma:

umount [dispositivo ou ponto de montagem]

Ex:

# umont /dev/hda1

ou

# umount /mnt

ou

#umont /media

Formatação de dispositivos
Sempre importante, formatar é preparar discos para receber um sistema de arquivo. O Linux formata cada dispositivo de maneira diferente.

Disquetes
A formatação disquetes no MS-DOS é física e lógica ao mesmo tempo. No Linux, primeiro formatamos fisicamente com o comando fdformat e depois lógico com o comando mkfs, SEMPRE COM O DISQUETE DESMONTADO.

primeiro, use o comando fdformat da seguinte forma:

fdformat [dispositivo]

Ex:

# fdformat /dev/fd0

Logo após formatado fisicamente, formata-se lógicamente, da seguinte forma:

mkfs.[sistema de arquivo] [dispositivo]

Onde...

Sistema de arquivos: podem ser escolhidos os sistemas ext2 e ext3, não sendo possível reiserfs. Para sistemas Windows, usa-se vfat e ntfs, tendo antes que atualizar o sistema com o comando #apt-get install dosfstools. Mais sobre atualização apt-get no próximo tópico.

Dispositivo: Dispositivo alvo da formatação (fd0 ou fd1)

Ex:

#mkfs.ext3 /dev/fd0


HD's e PenDrives
Dispositivos desta natureza não suportam formatação física. Por causa disso, utilizamos apenas o comando mkfs, da mesma forma que nos disquetes.

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Referências

Livro
FILHO, João Eriberto Mota; Sistema operacional GNU/Linux em redes TCP/IP; 13ª edição; 2006; Apostila da Escola Nacional de Governo.

Site
http://focalinux.cipsga.org.br

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