Quem usou o MS-DOS, lembra do comando DOSKEY, que armazenava na memória, todos os comandos digitados. No Linux, não precisamos de algo assim. Para auxílio, durante a utilização do Shell, temos algumas teclas que possuem funções especiais. São elas:
- Home - Vai para o início da linha de comando
- End - Vai ao final da linha de comando
- Seta para cima - Mostra os últimos comandos emitidos, em ordem de uso, para que se possa repetir comandos sem ter que digitar novamente
- Seta para baixo - Inverso do comando anterior
- SHIFT + Page Up - Mostra telas visualizadas anteriormente, com um limite de 9 páginas - algo que não existia no DOS
- SHIFT + Page Down - Desfaz o comando anterior
Por exemplo:
# ej
# eject
Mas quando você pressiona TAB numa expressão onde há mais de uma expressão para o que digita, ele soa um bip. Quando apertado TAB novamente, será exibido todos os comandos referentes ao que você digitou.
Quando em caixas de diálogo, o TAB alterna entre campos e grupos de opções, cabendo às setas navegar entre opções, barra de espaço às marcam ou desmarcam e o ENTER para executar uma ação.
Expressões de escape e suas teclas
Estas teclas permite-nos sair de situações como loops infinitos, programas en execução entre outras possibilidades. As mais comuns são:
- Esc - Utilizado para abortar janelas e caixas de diálogo
- CTRL + C - Chamado break de execução, podendo parar um processo a qualquer momento
- CTRL + Z - Usado para pausa, fazendo com que um processo fique suspenso, pronto para reiniciar a qualquer momento
- quit - Usado em programas que usam linhas de comando para encerrar processo
- q - Mesma função do comando quit
- exit - Similar ao quit, padrão
No "finado" MS-DOS, tinhamos que informar ao sistema operacional, onde estavam os programas executaveis, para que pudéssemos digitá-lo sem precisar entrar nos diretórios para executá-lo. Utilizamos o comando PATH, definindo em que diretorio estariam os programas para execução - no caso PATH=C:\DOS, executando os programas em C:\DOS.
No Linux, isso também é necessário, apesar de já estar definido alguns caminhos. Por padrão, o valor é:
PATH=/usr/local/sbin/:usr/local/bin:/usr/sbin:/usr/bin:/sbin:/bin
As pastas de executáveis padrão no Linux são:
/usr/local/sbin
/usr/local/bin
/usr/sbin
/usr/bin
/sbin
/bin
Podemos alterá-lo, observando sempre o padrão, pois os executáveis do sistema estão lá.
Editando os comandos de inicialização do sistema
No MS-DOS, existia um arquivo de lote chamado AUTOEXEC.BAT e um de sistema chamado CONFIG.SYS, onde comandos eram executados automaticamente quando era iniciado. No Linux, este arquivo pode ser editado em /etc/init.d/rc.local e /etc/profile. A diferença dentre eles é que o primeiro é executado logo quando Linux dá o boot e o segundo, após o login, sendo executado de maneiras diferentes de acordo com o usuário logado.
OBS1: O arquivo /etc/init.d/rc.local não existe no Debian, devendo ser criado, se for o caso. em outras versões do Linux, ele já existe.
OBS2: Quando editar o arquivo, não esqueça de dar enter na última linha, pois o Linux interpreta que a ultima linha é o final do arquivo, podendo esta não ser executada.
Desligando ou reiniciando o sistema
NUNCA SAIDA DO LINUX SEM FECHAR O SISTEMA. Isso poderá corromper o sistema de arquivos, inutilizando total ou parcialmente o seu sistema. Antes de desligar o sistema, utilize sempre o comando shutdown, da seguinte forma:
# shutdown [-r][-h] now
[-r] - Reinicia o sistema, reboot
[-h] - Fecha o sistema e desliga o computador
ou
# halt -p
Desliga sistema e o PC
ou
# reboot
Reinicia o sistema
ou mesmo CTRL+ALT+DEL.
Conclusão
Chega aqui, o fim de um Linux na teoria. Aprendemos sobre o sistema de arquivos, o dual-boot com Windows, inicialização e desligamento, o esquema de acesso ao disco, entre outros.
A partir de agora, será estudado um Linux mais prático, listando comandos, sintaxes e funções, fazendo sempre uma analogia com o MS-DOS, facilitando a compreensão principalmente de quem já o conheceu mas mantendo sempre o fácil entendimento para quem nunca operou com este que foi um popular sistema operacional da Microsoft.
Até a próxima...
Parte anterior...
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Referências
Livro
FILHO, João Eriberto Mota; Sistema operacional GNU/Linux em redes TCP/IP; 13ª edição; 2006; Apostila da Escola Nacional de Governo.
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