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O Linux - parte 10: Executando programas de Windows no Linux

Apresentação
Às vezes, usamos o Windows, porque não existe aquele programa com uma versão Linux. Muita gente gosta de usar o Word2003 e não gosta de usar o Writer do OpenOffice- se bem que os dois são muitíssimos parecidos.

Podemos virtualizar o Windows no Linux, usando o VMWare, como já proposto em tópicos anteriores. Mas isso faz com que o seu computador consuma muita memória e recursos de hardware. Então, a sugestão são emuladores como o WINE - apesar de seus desenvolvedores dizerem que nãe é.

Jogos, são os principais motivos. Counter Strike é um clássico. Mas como rodar um programa feito para Windows no Linux, já que são completamente diferentes?

É isso que estudaremos hoje...

Wine
Wine Is Not Emulator
É isso que o Wine quer dizer, o Wine não é emulador. Não é que ele faça virtualização de programas desenvolvidos para Windows, mas cria uma camada que interpreta comandos Windows no Linux. Ele não só suporta programas do tipo Win32 mas também oferece suporte ao Win16 e MS-DOS - embora muitos nem utilizem mais.

Suporta dispositivos de entrada de dados, impressoras, gravadores de mídias, scanners entre outros dispositivos. Usar um "tradutor" ao invés de uma máquina virtual é bem mais conveniênte pois, perderia-se muito em rendimento, sendo que um programa de virtualização ocuparia muita memória e espaço em disco, além de todo aquele tempo perdido para dar um boot no sistema virtual.

Instalei o Wine usando o APT, da seguinte forma:

# apt-get install wine

A forma de uso é bem simples:

# wine [PROGRAMA]

Ex.

# wine c:\\windows\\teste.exe

Ou também no formato Unix...

# wine /windows/teste.exe

Para configurar o Wine, recomendo algumas leituras interessantes no site Viva o Linux, para algumas correções de configuração.

Mas nem todos os programas Windows, rodam no Wine, tendo como exclusividade de execução, os mais utilizados. Sugiro que antes de instalar o Wine, instale-se primeiro um ambiente gráfico.

Cedega
O Cedega é um software usado para rodar jogos de sistemas Microsoft em Linux, uma versão otimizada Wine para jogos. O Wine também é capaz de rodar jogos, mas não com a mesma qualidade do Cedega. Para azar de muitos, ele é um sistema proprietário, mas é tão barato e rápido que vale a pena pagar. Para os furões de sistemas, mas nada que um fuçador não resolva. Segundo alguns postantes de sites de fóruns, ele roda o jogo tão bem ou melhor que no próprio Windows, mas sites renomados garantem que o Cedega não roda tão bem em placas Via e Intel. As melhores são ATI e nVidia, todas com suporte 3D. Mesmo nestas, o desempenho é reduzido de 10% a 30%.

Novamente, sugiro a instalação de ambientes gráficos antes da instalação do Cedega. Mais fácil de manusear o sistema em janelas, além de, se precisar buscal algo para download, nada que o FireFox rodando o Google não resolva.

Para baixar via navegador, basta acessar o Google.


O CrossOver Office
Um outro programa que deriva do Wine, só que com aplicações voltadas para os pacotes de escritório, como o MS Word, MS Exel entre outros. Foi desenvolvido pela Code Weavers e utiliza o mesmo esquema de camadas de compatibilidade.

Existiu também, uma versão chamada CrossOver Plugin, que fazia programas como o RealPlayer, MediaPlayer e o QuickTime, rodarem em ambientes gráficos do Linux.

Ele apresenta alguns problemas, principalmente de desempenho, já que há emulação envolvida. Há um link disponibilizado no próprio site da CodeWeavers onde você pode ver os principais problemas no programa. Juntando ao peso dos ambientes gráficos, principalmente para quem usa PCs antigos, é realmente um exercício de paciência.

Ele é um software proprietário, sua licença é salgada, mas pode ser baixado para teste no site da CodeWeavers. Após baixado, emita o comando:

# sh install-crossover-1.0.0.sh

Ele não está limitado apenas para rodar o Office da Microsoft mas também está apto a rodar programas mais pesados como o DreamWeaver, CorelDraw entre outros. Também existe uma versão para MacOS X, com as mesmas funções e limitações.

Conclusão
Ao que parece, alguns dos problemas do Linux (como falta de software) poderiam ser resolvidos com programas deste tipo. Mas ainda há algumas resistências impedindo tal fato, como o uso de programas para "emular" estes programas e ainda não estarem livres de falhas. No meu ponto de vista, programas deste tipo são "gambiarras"* digitais. Veja ainda, o fato de apenas o Wine ser realmente freeware. Outros programas evoluem-se a partir dele, mas em versões proprietárias.

Mas, para que usar programas MS-Office, se você pode usar os OpenOffice? São tão bons e intuitivos quanto, chegando inclusive, a confundir, em alguns momentos.

O certo é criar programas para este sistema. O certo é desbravar e abrir a cabeça aos sistemas livres. Veja o exemplo das camadas OSI, Ethernet, TCP/IP entre outras...

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Referência

Sites
http://www.guiadohardware.com.br
http://pt.wikipedia.org
http://www.winehq.org
http://www.vivaolinux.com.br
http://www.codeweavers.com
http://www.br-linux.org
http://www.mandrivabrasil.org
http://www.transgaming.com

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